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quarta-feira, 13 de junho de 2012

RIO + 20 COMEÇA

Rio de Janeiro

Rio+20 começa em busca de consenso

Oito mil delegados que representam países participantes já estão hospedados no Rio de Janeiro. Negociadores terão 10 dias para resolver impasses

Mostra 'TEDxRio+20', no Rio de Janeiro
Mostra 'TEDxRio+20', no Rio de Janeiro - Carolina Fernandes/Reuters
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começa nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, com incertezas, falta de consenso e sem grandes expectativas de que o documento final estipule metas ambiciosas. O cenário não é de todo estranho para os iniciados no mundo da diplomacia e dos grandes encontros sobre meio ambiente. Mas a hipótese de não se avançar - considerada até pelo secretário-geral da conferência, o diplomata chinês Sha Zukang - é mantida no horizonte permanente dos negociadores, talvez como um alerta. Até a terça-feira, havia confirmação da participação de representantes de 186 dos 193 países-membros da ONU - a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, representará o presidente Barack Obama.
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A perspectiva é de que cerca de 50 mil pessoas passem pelo Rio para a Rio+20. Aos poucos, a cidade enche: o ministro Antônio Patriota informou ao site de VEJA, na véspera da abertura oficial do evento, que 20 mil pessoas já haviam confirmado o credenciamento. Oito mil delegados representantes dos países participantes já estão hospedados em hoteis da cidade. Ao todo, a cidade recebe 54 eventos paralelos à Rio+20, muitos deles críticos ao trabalho principal - uma tradição nesse tipo de encontro.
Os principais impasses continuam em torno do fortalecimento do programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnuma) e sobre os temas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) - pelos quais os países avançariam como uma segunda etapa dos Objetivos do Milênio, um conjunto de oito metas estabelecidas pela ONU em 2000 e que devem ser atingidas por todos os países até 2015. Mas até a última reunião preparatória, no início do mês, em Nova York, não havia acordo nem mesmo sobre quantos deveriam ser os temas desses objetivos sustentáveis.
A ONU já dá como certo que as negociações não se encerram ao longo dos três dias de reunião preparatória do documento final, a partir de hoje. Por enquanto há acordo em relação a menos de um quarto dos parágrafos do documento. Como a decisão é por consenso entre os 186 países participantes, fica claro o tamanho do desafio. Já se inscreveram para fazer discursos durante a cúpula 76 presidentes, 6 vices, 44 primeiros-ministros e 7 vice-primeiros-ministros.
O Brasil defendeu ontem o fortalecimento de princípios acordados há 20 anos e que não haja retrocessos em pontos conquistados na Eco-92. A informação foi passada em uma entrevista sem muito entusiasmo concedida pelos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente) no Riocentro, sede do evento.
Patriota disse que o País chega à última etapa de negociações defendendo a manutenção de pontos estabelecidos na Eco-92, como ter o ser humano como o centro das atenções e o princípio das "responsabilidades comuns, porém diferenciadas". Em linhas gerais, esse princípio prevê que todos os países têm compromisso com as mudanças, mas os ricos têm mais, porque historicamente contribuíram mais com a degradação do planeta.
"A crise econômica há 20 anos afetava sobretudo os países em desenvolvimento. Hoje, o que antes era considerado periferia está trazendo respostas. A periferia de certa maneira virou o centro", disse Patriota.
Polarização - Sobre a divergência entre países ricos e pobres, um representante da ONU disse que hoje não dá mais para falar em polarização Norte-Sul. "Em que categoria Brasil, a sexta economia do mundo, China e Índia se colocam, como pobres? Claro que ainda existe muita pobreza. E há um medo dos países em desenvolvimento de serem forçados a tomar atitudes imediatas que possam prejudicar o seu crescimento. É mais complicado que Norte x Sul. O mundo está muito diferente."
Mais cedo, Izabella havia comparado a falta de acordo nas negociações com o que ocorreu no ano passado durante a conferência do clima (COP-17), em Durban, África do Sul. "Todos diziam que Durban não ia dar em nada, mas conseguimos reverter a situação", lembrou a ministra, sobre o acordo fechado em dezembro por representantes de 194 países de renovar o Protocolo de Kyoto para pelo menos até 2017.
(Com Agência Estado e reportagem de Luís Bulcão)

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