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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

NÍVEIS DE MORALIDADE


DESENVOLVIMENTO MORAL


Todos nós já ouvimos falar muito sobre moral, pessoas de baixo nível moral, sobre pessoas imorais e amorais, etc.

Segundo o psicólogo Lawrence Kohlberg há diferentes níveis de moralidade: o pré-convencional, o convencional e o pós-convencional, subdivididos em estágios diferentes.

A fim de ilustrar o assunto em tela, creio que os leitores conhecem o filme “Um Ato de Coragem” produzido por Mark Burg e Oren Koules, e protagonizado por Denzel Washington. Denzel Washington interpreta John Q. Archibald, um homem cujo filho de nove anos precisa com urgência de um transplante de coração. Mas ele descobre que nem seu seguro-saúde e nem a saúde pública cobrem a operação. Desesperado, decide tomar todos na sala de emergência de um hospital como reféns até que a cirurgia seja feita. A partir de então, John passa a tentar arranjar uma solução para o caso com o negociador Grimes (Robert Duvall) e com o impaciente chefe de polícia (Ray Liotta), que só está preocupado em encerrar o problema logo. Veja um pequeno trecho do filme:



Outro exemplo, encontramos no livro Filosofando, “... um dilema proposto por Kohlberg para as discussões: uma pessoa estava com a mulher doente, para morrer, quando tomou conhecimento de um remédio que poderia curá-la. Procurou o farmacêutico que detinha a fórmula, mas não pôde comprá-lo, por ser muito caro. Tentou de várias formas convencer o farmacêutico sobre a premência do caso de sua mulher, porém em vão. Então, roubou o remédio.”

A questão levantada é se num caso de extrema necessidade justifica-se uma ação também extrema a fim de fazer com que tal necessidade seja atendida. Os argumentos em resposta a esse tipo de questão variam segundo o nível de moralidade de cada ambiente social, de cada grupo, de cada qual.

Leia o texto abaixo e descubra em que nível você se considera inserido.

Para Kohlberg a maturidade moral é atingida quando o indivíduo é capaz de entender que a justiça não é a mesma coisa que a lei; que algumas leis existentes podem ser moralmente erradas e devem, portanto, ser modificadas.

Criou a teoria dos estágios morais, pois acreditava que o nível mais alto da moralidade exige estruturas lógicas novas e mais complexas do que as apresentadas por Piaget Assim, segundo o autor, existem três níveis da moralidade.

1º NÍVEL DE MORALIDADE
(pré-convencional)

O primeiro chamou de nível pré-convencional que se caracteriza pela moralidade heterônoma, onde "as regras morais derivam da autoridade, são aceitas de forma incondicional e a criança obedece para evitar um castigo ou para ser recompensada" (ARANHA e MARTINS, 2003, p. 311).

O indivíduo deste estágio, define a justiça em função de diferenças de poder e status, sendo incapaz de diferenciar perspectivas nos dilemas morais.

Há neste nível um segundo estágio, o qual Kohlberg, chamou de moralidade de intercâmbio, pois inicia-se o processo de descentração, possibilitando ao indivíduo perceber que outras pessoas também tem seus próprios interesses, porém a moral ainda permanece individualista, fazendo com que estabeleça trocas e acordos. Segundo Dáz-Aguado e Medrano (1999), Kohlberg afirmava que as regras e expectativas sociais, são externas ao eu.

2º NÍVEL DE MORALIDADE
(convencional)

O segundo nível, classificado por Kohlberg, foi chamado de nível convencional, o qual valoriza-se o reconhecimento do outro e inclui dois estágios: o da moralidade da normativa interpessoal e o da moralidade do sistema social.

No primeiro começa-se a seguir as regras para assim garantir um bom desempenho do papel de "bom menino" e de "boa menina", percebe-se uma preocupação com as outras pessoas e seus sentimentos.

Já no segundo estágio, o indivíduo "adota a perspectiva de um membro da sociedade baseada em uma concepção do sistema social como um conjunto consistente de códigos e procedimentos que se aplicam imparcialmente a todos os seus membros" (DÍAZ-AGUADO e MEDRANO, 1999, p. 31).

3º NÍVEL DE MORALIDADE
(pós-convencional)

O terceiro nível foi chamado de nível pós-convencional, considerado por Kohlberg, como o mais alto da moralidade, pois o indivíduo começa a perceber os conflitos entre as regras e o sistema, o qual foi dividido entre o estágio da moralidade dos direitos humanos e o estágio dos princípios éticos universais. Neste nível, os comportamentos morais passam a ser regulados por princípios (exemplo: o indivíduo não rouba simplesmente porque sabe que isso é errado).

Os valores são independentes dos grupos ou das pessoas que os sustentam, porque são princípios universais de justiça: igualdade dos direitos humanos, respeito à dignidade das pessoas, reconhecimento de que elas são fins em si e precisam ser tratadas como tal.

Não se trata de recusar leis ou contratos, mas de reconhecer que eles são válidos porque se apoiam em princípios" (ARANHA e MARTINS, 2003, p. 312).

DIFICULDADES EM ATINGIR O 3º NÍVEL DE MORALIDADE

Segundo os estudos de Kohlberg, pouquíssimas pessoas atingem o último nível da construção moral, o qual alega inúmeros motivos. Ao encontrar soluções aceitáveis a tal descoberta, o autor justifica que em primeiro lugar as pessoas não nascem morais, mas que seu comportamento moral evolui a partir de etapas e de oportunidades que procedem à descentração. Partindo deste pensamento, Kohlberg esperava que os pais e professores estivessem moralmente maduros para auxiliarem as crianças, mas, como ele mesmo percebeu, nem sempre isto ocorre.

Outro facto que o autor aponta é que sentia dificuldades em encontrar professores para auxiliá-lo, uma vez que muitos se encontravam no nível pré-convencional.

Mais uma vez, constatamos que a influência do adulto na construção moral da criança é um facto importante, pois se segundo Kohlberg, o adulto encontra dificuldades em atingir o nível máximo da moralidade, como poderá construí-la nas crianças?”

Por exemplo, espera-se que alguém não transgrida um sinal de trânsito por respeito à própria vida e à vida alheia, mas há motoristas que agem como criança do primeiro estágio, do 1º nível, quando obedecem ao sinal por temor à multa ou ao transgredir a lei na ausência de policial para vigiá-los. E quantos outros agem a partir do critério do “toma lá, dá cá”? Se faço o bem a quem me faz o bem e o mal a quem me faz o mal, permaneço no estágio dois, de trocas e acordos. E o que dizer do corporativismo daqueles que protegem seus pares de forma mais benevolente e permanecem indiferentes aos que não pertencem a seu grupo, à sua família, à sua religião, à sua pátria?

QUAL É O SEU NÍVEL?

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