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domingo, 2 de outubro de 2011

GERENCIAMENTO HUMANO

AOS CHEFES
(administradores, pais, etc)

Os norte-americanos Richard Bandler e Jonh Grinder, professores da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, CA, a fim de determinar como os seres humanos percebiam o mundo real, estabeleceram a existência de filtros de percepção, que fazem com que todos os seres humanos tenham visões incompletas da realidade e ao mesmo tempo faz com que cada um tenha essa visão tão particularizada quanto a sua própria impressão digital. Esses filtros de percepção se dividem em: Filtros biológicos, Filtros sociais e Filtros individuais. Vejamos cada um deles:

Filtros biológicos

Nosso sistema neurológico é biologicamente limitado no recebimento de informações do mundo exterior. A nossa visão detecta formas entre 380 e 680 milimícrons. Os nossos ouvidos detectam uma faixa determinada de 20 ciclos por segundo e 20.000 ciclos por segundo. Nosso tato pode perceber de forma diferente o mesmo estímulo, dependendo da parte do corpo que for tocada. O nosso olfato é pouco desenvolvido se comparado ao de outros mamíferos. O epitélio olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células sensoriais, cada qual com seis pêlos sensoriais (um cachorro tem mais de 100 milhões de células sensoriais, cada qual com pelo menos 100 pêlos sensoriais). A nossa gustação (ou paladar) é o nome que damos à sensibilidade gustativa, mediada pelos botões gustativos. São em torno 4000 unidades gustativas espalhadas no interior da boca, principalmente sobre a língua (75%). O paladar como uma impressão digital, não existe, no mundo inteiro, alguém com um paladar igual ao seu. No mesmo restaurante, os pedaços de pizza de muzzarela têm um gosto diferente na boca da cada freguês. A ciência ainda está tentando entender os motivos. Até onde se sabe, isso tem a ver com os genes, que tornam um indivíduo mais ou menos sensível a determinado sabor. Além disso, a saliva de cada um tem um gosto próprio. A variação se deve às sutis diferenças de composição. Se a sua saliva tem pouco sódio, um prato com pouco sal parecerá mais salgado. A cultura também influi. Você, provavelmente, gosta mais daquilo com que está acostumado desde criança. Isso explica por que os mexicanos se deliciam com temperos que, para outros, são intragáveis.


          Resumindo: as coisas do mundo que vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos e saboreamos, ou seja, o mundo que sentimos (que vem dos nossos cinco sentidos) são únicas para nós, são como nossas impressões digitais, é um mundo formado pela nossa capacidade de percepção, não é o mundo físico real, mas o mundo que percebemos, já que efetivamente existem imagens, sons, sensibilidades tácteis, cheiros e gostos acima ou abaixo da nossa capacidade de percepção.

Filtros sociais

São os fatores genéticos sociais a que estamos sujeitos como membros de um sistema social, linguagem, modos de percepção e todas as ficções socialmente aceitas. As linguagens são bons exemplos de filtros sociais: o fato de reduzirmos os nomes das cores a algumas dezenas, não elimina o fato de que o olho humano seja fisicamente capaz de perceber 7.500.000 cores diferentes. 


Um exemplo de ficção socialmente aceita pode ser dado na percepção que algumas pessoas têm dos chás de ervas, considerando-os remédios e, portanto, utilizando-os apenas quando estão doentes, e os mesmos chás, podendo ser consumidos socialmente em restaurantes, como digestivos, em lugar do tradicional cafezinho, por outras pessoas. 


Estes filtros sociais, diferentemente dos biológicos, podem ser superados. Tanto é que podemos aprender mais de uma língua. Enquanto os filtros biológicos são comuns a todos as seres humanos, estes filtros sociais são comuns a grupos de seres humanos, convivendo socialmente, sendo parte de suas culturas.




Filtros individuais

São aqueles filtros baseados em nossa história pessoal. Estes fazem com que os mapas de cada um difiram radicalmente e sejam únicos, como as impressões digitais. Por exemplo, se um dia caímos de uma cadeira de balanço, podemos aprender que as cadeiras de balanço são perigosas, fazendo com que a visão delas seja diferente para nós. Pior ainda seria generalizar a experiência para qualquer cadeira. Este terceiro filtro constitui a base de profundas diferenças entre os seres humanos e no modo como criamos nossos modelos do mundo.



Em suma, esses filtros de percepção (biológicos, sociais e individuais) constituem o nosso mapa pessoalque nos diferem e nos tornam únicos. Ora, se temos mapas pessoais tão diferentes e incompletos como poderemos liderar grupos de outras pessoas com base no pensamento de que sabemos o que é bom para eles ? A frase “eu sei o que é bom para vocês” pressupõe que aquele que a pronunciou tenha uma visão do mundo melhor que a dos outros, o que poderá ser verdadeiro em alguns aspectos do seu suposto ampliado mapa do mundo real. Isso não significa que ele não desconheça outros aspectos do mesmo mundo, que pensa conhecer tão bem, mas que sejam bem conhecidos pelas pessoas que chefia, em virtude da formação do mapa pessoal de cada um, em função dos filtros biológicos, sociais e individuais, acima citados.
A aceitação desse ponto de vista faz com que os chefes tornem-se verdadeiros líderes e tenham virtudes humanas de humildade, quando admitem que seus mapas pessoais são incompletos, compreensão, quando aceitam que os mapas das outras pessoas também são incompletos, e cooperação, quando entendem que a única forma de trafegar com mais eficiência pelo território chamado de mundo real é juntando mapas pessoais que se completam. Isso leva ao fato de ser necessária uma nova psicologia para guiar as relações humanas, que elimine a frase “eu sei o que é bom para vocêsdessas relações, eliminando a teoria do estímulo-resposta como possibilidade de filosofia que leve à qualidade de vida para todos.


Essa velha psicologia, responsável pelas mazelas e infelicidades humanas, é a que foi utilizada até o presente momento como solução única por chefes, patrões, professores, pais e governos autoritários, que não entendem como suas administrações falharam, apesar de suas boas intenções, que não entendem porque as pessoas não se submeteram aos seus comandos tão cheios de boas intenções, uma vez que eles estariam com “a verdade”.






PERCEBEM, COMO SOMOS DIFERENTES, INCOMPLETOS, E  LIMITADOS?


Há aqui uma multidão de homens. Homens diferentes. Quando pensamos numa multidão, contudo, não pensamos num indivíduo; do mesmo modo, estes homens estão vestidos de igual, tão simplesmente quanto possível, para sugerirem uma multidão... O homem de chapéu de coco é o Sr. Normal, no seu anonimato... (René Magritte, p 84, PAQUET, Marcel, René Magritte, Taschen, Lisboa, 2000) “Não devemos ter medo da luz do dia só porque ela quase sempre ilumina um mundo triste e miserável.” (R. Magritte)





(rina)

Um comentário:

  1. Gostei de saber sobre os filtros. É por isso

    que gosto não se discute, cada um tem o seu,

    e, ninguém é igual a ninguém.

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"O que me preocupa não é o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons."(M.L.King)
"LIBERDADE É CONHECER AS AMARRAS QUE NOS PRENDEM"